sábado, 17 de maio de 2014

FDA aprova primeiro braço protético controlado por sinais elétricos


Postado por Maria Célia Becattini

Amputados foram capazes de usar zíperes, chaves e pegar objetos pequenos como moedas, além de uvas e ovos com a prótese
Funcionários da empresa criadora do dispositivo chamam carinhosamente o braço de ‘Luke’ por causa do herói de ‘Guerra nas Estrelas’

12/05/14 - 11h51



Braço. Sensores captam os sinais elétricos a partir de movimentos musculares da parte superior do braço, e um computador no braço robótico pode dizer que tipo de manobra que o usuário quer fazer DARPA

NOVA YORK - Quase oito anos atrás, a DARPA, agência de pesquisa avançada do Departamento de Defesa dos EUA, partiu em busca de uma melhor solução para amputados do que os ganchos de metal amplamente usados, ainda ​​hoje. Agora, o FDA, órgão que regulamenta alimentos e medicamentos nos EUA concedeu a sua aprovação a um dos projetos que vieram a partir desse esforço: uma prótese controlada pela mente, chamado o braço DEKA, segundo o site “Verge.com”. Uma série de outros cientistas e engenheiros em todo o mundo estão trabalhando em dispositivos similares, mas esta é a primeira prótese a obter a aprovação da FDA. O dispositivo protético vem de uma empresa fundada por Dean Kamen, e é mais ou menos do tamanho e peso de um braço adulto.

O braço é controlado por eletrodos de eletromiografia colocados na parte restante do braço humano. Esses sensores captam os sinais elétricos a partir de movimentos musculares da parte superior do braço, e um computador no braço robótico pode dizer que tipo de manobra que o usuário quer fazer. Os resultados são impressionantes: em testes clínicos, amputados foram capazes de realizar as tarefas que se pensava impossível para uma prótese, como usar zíperes e chaves, e - graças à vibração de feedback na base da prótese - pegar objetos pequenos como moedas, além de uvas e ovos sem esmagá-los.

O FDA está chamando o braço DEKA de primeiro braço protético controlado por sinais elétricos que podem realizar múltiplos movimentos, roboticamente alimentado de uma só vez. Para chegar lá, a DARPA investiu cerca de US$ 40 milhões no projeto, de acordo com a “Bloomberg Businessweek”, e isso é apenas uma parte do maior programa da agência, de US$ 100 milhões, o “Revolucionando Próteses”.

Agora que o braço tem aprovação do FDA, DEKA pode procurar um fabricante e, eventualmente, produzir o produto para amputados. Como se as capacidades do braço não bastassem, a empresa já tem um bom plano de marketing: os funcionários chamam carinhosamente o braço de “Luke” por causa do herói Luke Skywalker de “Guerra nas Estrelas”, que recebe um substituto perfeito do braço no segundo filme da série, “Império Contra-Ataca”.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/sociedade/fda-aprova-primeiro-braco-protetico-controlado-por-sinais-eletricos-12460010#ixzz320yEEcMs
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