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quinta-feira, 8 de maio de 2014
O ALUNO COM SÍNDROME DE ASPERGER NA ESCOLA
Postado por Maria Célia Becattini
O ALUNO COM SÍNDROME DE ASPERGER NA ESCOLA
Para um indivíduo que apresenta Síndrome de Asperger, as vezes é mais difícil lidar com as interações sociais e a comunicação do que com os trabalhos e provas.
Isto ocorre por fatores como e pela falta de orientação, para o professor de ensino regular que não tem formação para o trabalho na área da educação especial. Sendo assim, temos algumas sugestões que podem fazer grande diferença na escolarização destes alunos:
- os professores desconhecem aspectos relacionados a esta síndrome e suas características específicas. leia sobre a Síndrome de Asperger e converse co colegas que trabalham com estes alunos;
- as escolas não “operam no tempo deste aluno”, não entendem que eles necessitam de mais tempo para concluir as suas tarefas, para organizar seu material e para orientar-se durante as mudanças e transições. mude o ambiente a favor de seu aluno respeitando as suas necessidades individuais;
- as escolas de ensino regular não conseguem manter uma rotina e organizar o ambiente a favor do sujeito. Esta falta de previsibilidade pode aumentar a ansiedade se a proposta pedagógica não for coerente e a programação for carregada de mudanças súbitas. Um trabalho em equipe bem elaborado, com sintonia, pode solucionar este problema;
- não é costume, na maioria das escolas, de se usar uma agenda para garantir a sua previsibilidade e o trabalho conjunto entre escola e família. Estando bem informada, a família pode garantir que o aluno esteja sempre a par do que irá acontecer contribuindo para a gestão do tempo e retirando a sobrecarga emocional que o novo causa. Um simples agenda pode fazer muita diferença;
- as escolas não alteram atividades e disciplinas fáceis e difíceis, ao logo do período escolar, as quais posam ser monitoradas e reestruturadas. Sendo assim, os alunos possuem quatro períodos de disciplinas que exijam um grande esforço mental as quais poderiam ser intercaladas com aquelas que trabalham conteúdos mais criativos (educação artística) e dinâmicos (educação física). Intercale as disciplinas o que vai ser benéfico para muitos alunos;
- os professores, por falta de capacitação, não sabem da importância de simplificar a sua linguagem usando termos diretos, simples, de forma clara e em ritmo lento. Explicações longas, com o mesmo tom de voz e sem apoio visual atrapalham e contribuem para a dispersão. Seja direto, curto e preciso sobre aquilo que você quer além de selecionar o que é mais importante para cada conteúdo programático;
- o portador de Síndrome de Asperger pode apresentar dificuldades em ler nas entrelinhas e compreender conceitos e expressões faciais. Temos que ser claros e específicos ao fornecer as informações. Não use analogias e metáforas;
- nem sempre o aluno, com esta síndrome, sabe como gerir a mudança de planos, ou seja, consegue compreender que as atividades podem ser alteradas, canceladas ou remarcadas. Tome muito cuidado em avisar com antecedência e explicar o porque da atividade ter sido modficada;
- sempre elogie tanto as suas tentativas como os seus sucessos mas deixe claro o porquê que ele está sendo elogiado;
- em função de suas características e temperamento é comum eles serem chamados de nerds. Tenha cuidado com as situações que envolvem piadas, provocações e com o bullying pois isto ocorre com frequência, especialmente, nos horários de recreio e em atividades mais livres;
- tenha em mente que muitas situações produtivas, de interação social, ocorrem em momentos não estruturados e planejados ou fora da sala de aula. Se o professor não intervir, o aluno pode ficar isolado. Cuide para que o grupo de amigos traga bons exemplos e os vínculos criados sejam produtivos;
- não se esqueça que a escola é, em muitas situações, estressante devido as mudanças de horário, as relações sociais e por causa das iluminações, ruídos e falta de antecipação de mudanças. Procure conhecer o seu aluno para intervir imediatamente quando a situação está muito pesada para ele permitindo que saia e mude de atividade para ajudar na regulação de suas emoções;
- os acessos de raiva e birra acontecem, geralmente, sem aviso prévio pois eles não sabem reconhecer que estão estressados. Em outras situações, encontramos alguns padrões que são comuns como: agitar muito as mãos, levantar e andar sem parar, mexer nos cabelos ou esfregar as mãos. Tente modificar o ambiente estando alerta as situações que desencadeiam a ansiedade excessiva.
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